30 de maio de 2016

Os rapinantes a serem (re)descobertos no Brasil

*por: Willian Menq.
Semana passada, no Avistar Brasil, fomos apresentados a uma das notícias ornitológicas mais fantásticas dos últimos tempos, a redescoberta da rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis), desaparecida há 75 anos, considerada extinta pelos pesquisadores. A raríssima ave foi registrada pelo ornitólogo Rafael Bessa, durante uma expedição no interior de Minas Gerais. Notícias assim são incríveis, emocionantes e renovam nossas esperanças.

Aproveitando o tema, e nas aves de rapina do Brasil? Existem espécies que poderiam ser redescobertas?

19 de maio de 2016

O raríssimo gavião-de-rabo-branco “morfo ruivo”

*por: Willian Menq.
Há plumagens tão raras que nem nos guias de campo são encontradas. Esse é o caso da chamada plumagem “morfo ruiva” do gavião-de-rabo-branco (Geranoaetus albicaudatus). Ao contrario da tradicional forma escura, nesta os indivíduos têm o peito, o abdômen e os calções marrom-ruivo contrastando com a cabeça e costas cinza-escuras.

Essa variação de plumagem provavelmente é ocasionada pelo excesso de alguns pigmentos, como a eumelanina ou pheomelanina, que dão tonalidades marrom ou ruiva na plumagem dos rapinantes.

15 de maio de 2016

Urubus são aves de rapina?

*por: Willian Menq.
Discussão diverge opiniões entre os pesquisadores. Como sabemos, o termo "aves de rapina" agrupa aves de várias famílias de linhagens evolutivas distintas, que compartilham determinadas características e adaptações para a caça ativa, como o bico curvo e afiado, garras fortes, voo poderoso, além de uma excelente visão e audição.

Justamente por não serem caçadores e não apresentarem algumas dessas características (bicos e garras fortes), alguns autores simplesmente não consideram os urubus no grupo das rapinas.

11 de maio de 2016

A aprendizagem de caça nas aves de rapina

Jovem gavião-miúdo (Accipiter striatus)
aprendendo a caçar. Foto: Willian Menq. 
*por: Willian Menq.
A aprendizagem de caça começa cedo na vida de um rapinante. Ainda no ninho, o filhote recebe presas inteiras dos pais. Assim, aprende a reconhecer as espécies que fazem parte de sua dieta e também a dilacerar e rasgar suas presas.

A verdade é que as aves de rapina já possuem muitos dos seus métodos de caça e dieta implantados em seu DNA. Indivíduos jovens podem executar uma sequência completa de caça mesmo sem nunca ter caçado antes.

7 de maio de 2016

As buraqueiras de olhos escuros

*por: Willian Menq.
A algum tempo atrás, vi essa fotografia de uma coruja-buraqueira (Athene cunicularia) com olhos escuros, registrada pelo Gustavo Pinto em Americana/SP. É um registro bem interessante, já que os olhos escuros é uma característica incomum e rara para a espécie, que tipicamente apresenta olhos amarelo.

Outras corujas brasileiras, como a corujinha-sapo (Megascops atricapilla) e a corujinha-do-sul (Megascops sanctaecatarinae), é relativamente comum a presença de indivíduos com olhos castanhos/escuros. Na coruja-buraqueira, é o primeiro caso que eu vejo para o Brasil.