*por: Willian Menq.
A harpia (Harpia harpyja), também chamada de gavião-real, é uma das águias mais possantes e raras das Américas, muito “desejada” por estudiosos e observadores de aves. A espécie conta com poucos registros na Mata Atlântica e são escassas as áreas que ainda dispõem de presas potenciais e território para abrigar a espécie. O desmatamento excessivo e a caça contribuíram significativamente para o desaparecimento da espécie em vários trechos de Mata Atlântica do país.
A harpia (Harpia harpyja), também chamada de gavião-real, é uma das águias mais possantes e raras das Américas, muito “desejada” por estudiosos e observadores de aves. A espécie conta com poucos registros na Mata Atlântica e são escassas as áreas que ainda dispõem de presas potenciais e território para abrigar a espécie. O desmatamento excessivo e a caça contribuíram significativamente para o desaparecimento da espécie em vários trechos de Mata Atlântica do país.
Na região sudeste, sua ocorrência está limitada aos trechos mais extensos e preservados da Mata Atlântica litorânea. No Espírito Santo conta com registros recentes na Reserva Natural da Vale do Rio Doce (Magnago 2015) e na Bahia nos complexos de montanhas Serra das Lontras-Javi e na Estação Experimental Pau-Brasil (ICMBio 2008; Santos 2015). Já em São Paulo, os últimos registros foram na região de Cananeia e nos Parques Estaduais de Jacupiranga e Intervales (Galetti et al. 1997; Willis & Oniki 2003; ICMBio 2008).
No sul do Brasil a harpia ocorre principalmente na Serra do Mar paranaense e catarinense (Scherer-Neto & Ribas 2004; ICMBio 2008), além de provavelmente habitar alguns fragmentos florestais no sul e oeste do Paraná, especialmente o Parque Nacional do Iguaçu/PR, que faz divisa com a floresta de Misiones (Argentina). Recentemente, D. Meller (2015) confirmou a presença da espécie no Parque Estadual do Turvo (noroeste do RS), através de um avistamento de um indivíduo adulto nas dependências do parque. O parque também faz divisa com Missiones, onde a espécie conta com alguns registros, inclusive de nidificação.
Apesar do grande tamanho, a águia é discreta e de difícil detecção, costuma ficar no interior da mata, dificilmente plana ou voa sobre a mata, também raramente pousa em locais expostos ou cruza áreas abertas, como rios ou trilhas na mata.
Mais sobre as aves de rapina da Mata Atlântica, acesse o artigo:
http://www.avesderapinabrasil.com/arquivo/artigos/avesderapina_mataatlantica.pdf
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