Há alguns registros impressionantes, como o de Severo-Neto et al. (2014) (sequência de fotos abaixo) que registraram no interior do Mato Grosso do Sul, um urubu-de-cabeça-amarelada (Cathartes burrovianus) atacando de forma eficaz, com bicadas na cabeça, uma jararaca (Bothrops moojeni) viva.
O relato é mesmo intrigante, acredito que o urubu tenha aprendido a reconhecer a serpente como alimento, de tanto visualizar outras mortas em estradas.
O relato é mesmo intrigante, acredito que o urubu tenha aprendido a reconhecer a serpente como alimento, de tanto visualizar outras mortas em estradas.
Leia o artigo de Severo-Neto et al. (2014) sobre a predação de jararaca aqui
Sequência de fotos do urubu-de-cabeça-amarela (C. burrovianus) predando a jararaca (B. moojeni), Severo-Neto et al. (2014). Fotos de: Sandro Paulino |
Informações gerais sobre os urubus do Brasil, neste link.
Aqui onde eu moro o Urubu de cabeça preta come porcos recem nascido
ResponderExcluirMenq, tu já pensou que esses voos rasantes podem ser uma observação equivocada de Buteo albonotatus? pra mim soa extremamente bizarro um Cathartes pegando um pequeno vertebrado com o bico durante o voo, enquanto esse é o exato comportamento de caça (exceto pelo fato de ser com as garras) do albonot... quanto a esse artigo, em conversa com um amigo herpetólogo ele estranhou esse fato (segundo ele essa é uma das Bothrops mais agressivas, e o próprio gênero já é mais agressivo que a média das serpentes peçonhentas no Br). Concluímos que essa serpent~e não devia estar em sua melhor forma rs ou doente, ou havia sido ferida antes... as imagens não ilustram qqr reação do réptil, o que só embasa esse nosso paplpite. Abração! J. A. B. Monsalvo
ResponderExcluirJulio, é estranho sim, incomum. A observação dos voos rasantes é do livro do P.T.Z Antas (Aves do Pantanal). Há um artigo recente, do Pernambuco, que relata voos rasantes de alguns rapinantes incluindo Cathartes aura sobre copa de árvores, na tentativa de capturar filhotes ou jovens de Callithrix; Mas esse último artigo é meio confuso e questionável, parágrafos a frente os próprios autores se contradizem dando a entender que só observaram a reação dos saguis e não o comportamento do "possível ataque" do Cathartes (a velha história de presas que se assustam com determinadas silhuetas).
ExcluirSobre a serpente, também acho aque ela não estava em suas melhores condições físicas/saúde. Interessante que não é o único caso envolvendo C. burrovianus e serpentes. Almeida (2010) cita a predação contra uma boipeva (X. merremii), que é muito parecida com as Bothrops. Cathartes já andam predando cobrinhas por aí há muito tempo, talvez a técnica desajeitada tenha um certa grau de eficiência rsrs. Abraços
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Excluirdesconfiei que era de lá... quanto àquele artigo, até citei em uns trabalhos meus com o brachyurus, de fato essa parte ficou estranha mas a meu ver tem duas opções: ou é mais um indicativo de confusão 'inversa' mímico-modelo (foram atacados antes por um albonot., e passam a fugir dos Cathartes) ou omo tu disse simplesmente fuga mediante um sobrevoo próximo, nesses casos os primatas não tem tempo de decidir se o bicho é perigoso ou não... uma primatóloga que trabalhei já comentou isso comigo até.
ExcluirAh verdd, tinha esquecido desse artigo anterior!
Abraço
Só pra registrar, trabalho em uma emissora de TV, onde por um tempo alguns gatos começaram a se multiplicar pelos telhados e forros, mas também começaram a sumir, e desconfio dos urubus, um até já foi visto tentando pegar um gato no solo.
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