Fêmea adulta do casal que monitoro desde 2012 em Maringá/PR. |
*por: Willian Menq.
Desde 2012, venho acompanhando a visita dos falcões-peregrinos (Falco peregrinus) na cidade de Maringá, noroeste do Paraná.
O falcão-peregrino é uma espécie migratória, oriunda do hemisfério norte. Aparece no Brasil entre os meses de outubro e abril, frequentemente encontrado nos centros urbanos, pousado no alto de torres de telefonia ou borda de edifícios. Gosta de caçar aves e morcegos, que são capturados em pleno voo através rápidas investidas ou perseguições.
Em Maringá, monitoro um casal a cinco temporadas. Todos os anos aparecem juntos, sempre no mesmo local (uma torre de caixa d’água na periferia da cidade), compartilhando o mesmo poleiro. São poucos os relatos de casais nas áreas de invernagem, normalmente aparecem solitários. Nesta temporada só registrei a fêmea. Como é raro casos de indivíduos que mudam de área, desconfio que o macho tenha falecido.
O falcão-peregrino é uma espécie migratória, oriunda do hemisfério norte. Aparece no Brasil entre os meses de outubro e abril, frequentemente encontrado nos centros urbanos, pousado no alto de torres de telefonia ou borda de edifícios. Gosta de caçar aves e morcegos, que são capturados em pleno voo através rápidas investidas ou perseguições.
Em Maringá, monitoro um casal a cinco temporadas. Todos os anos aparecem juntos, sempre no mesmo local (uma torre de caixa d’água na periferia da cidade), compartilhando o mesmo poleiro. São poucos os relatos de casais nas áreas de invernagem, normalmente aparecem solitários. Nesta temporada só registrei a fêmea. Como é raro casos de indivíduos que mudam de área, desconfio que o macho tenha falecido.
No centro da cidade monitoro a "Ingá", uma fêmea adulta registrada desde 2013. Ingá descansa e pernoita em uma pequena estrutura em forma de plataforma no alto de um edifício, ao lado de um parque municipal.
Já às margens da rodovia PR-323, no município de Paiçandu, a 15 km de Maringá, acompanho a “Jessy”. Jessy é um peregrino (provavelmente fêmea) que venho observando desde a temporada de 2014. Essa, ao contrário da maioria, prefere se instalar nas áreas rurais, aproveitando a grande oferta de pombos (Zenaida auriculata) da região, e usando eucaliptos e outras árvores altas como poleiro de alimentação e descanso. Já registrei diversas vezes a ave consumindo pombos, pousada em um tradicional Eucalipto às margens da rodovia.
Uma característica interessante dos falcões é a sua fidelidade aos locais de invernagem, sempre retornando todos os anos para os mesmos territórios. A mesma fidelidade é observada também nos poleiros, tanto os de uso estratégico de caça, como os de descanso e alimentação.
Graças a essa fidelidade, é possível encontrar todos os anos os mesmos indivíduos. E através de fotos laterais e frontais, consigo comparar o padrão da plumagem (faixas malares e barras do peito) para diferenciar cada falcão e certificar que são os mesmos dos anos anteriores.
Casal monitorado na cidade desde 2012, fêmea (à esquerda), macho (à direita). Foto: Willian Menq |
Muito interessante o gavião asa de telha costuma viver em manguezais no estado do RJ. E o blog está muito bom!
ResponderExcluirObrigado Gustavos!
ExcluirMeu sonho de registro!! Parabéns pelo blog!!
ResponderExcluirRaphael
http://avesdosul.com.br/
É espetacular imaginar que a criatura mais rápida do mundo habita o nosso país.
ResponderExcluirProcuro por aves de rapina com entusiasmo há mais de um ano, e nesse pouco tempo já pude aprender muito sobre elas. Mas o falcão-peregrino... ainda não tive a sorte de ver um. Verão passado avistei várias vezes um falcão no topo de uma torre de celular, que caçava a partir dali. Mas não confirmei a espécie (distância...). Um dia, ele pairou como um sparverius por alguns segundos e depois mergulhou na vertical em grande velocidade. De qualquer forma, impressionante animal.
ResponderExcluirQue legal Pietro. Pela sua descrição é muito provável que o falcão da torre seja um falcão-peregrino (Falco peregrinus). Em breve eles reaparecem no Brasil, final de outubro e início de novembro é o grande pico de chegada da espécie na maioria das regiões do país.
ExcluirVi o falcão da torre hoje! Foi um daqueles casos: estava saindo de casa, olhei para os binóculos e pensei "não vai ter nada para ver hoje". Erro clássico. Eram 18:52, estava observando a torre de longe por uns instantes, quando o falcão saiu do topo da torre e após um breve glide mergulhou quase totalmente na vertical, no centro da cidade mesmo. Preciso voltar lá 'armado' e confirmar o bichinho :D
Excluir