30 de agosto de 2017

Os rapinantes migratórios chegaram!!

*por: Willian Menq.
Setembro é o pico de chegada dos migrantes austrais na Mata Atlântica. O gavião-bombachinha (Harpagus diodon), o sovi (Ictinia plumbea) e o gavião-tesoura (Elanoides forficatus) já podem ser registrados no sudeste, sul e parte do centro-oeste do Brasil, onde permanecem até fevereiro e março de 2018.

Essas três espécies realizam suas longas jornadas pelo continente através de voos planados, usando as correntes de ar ascendentes (térmicas) como “elevadores” para ganhar altura e se deslocar.

22 de agosto de 2017

Cor da cera e o humor dos caracarás

Os caracarás são capazes de alterar a cor das partes nuas da face conforme seu estado de “humor”, sendo uma importante ferramenta na emissão de sinais sociais.

*por: Willian Menq.
Cera é a área nua e carnuda presente na base da maxila das aves, bem desenvolvida em algumas espécies, como nos falcões, gaviões, pombos, corujas, papagaios, entre outros. A coloração, a textura e o formato dessa estrutura varia conforme a espécie. Além de abrigar as narinas, a cera pode ser útil na sinalização da fase reprodutiva ou na diferenciação de macho e fêmea de certas espécies de aves.

16 de agosto de 2017

I Congresso de Ornitologia das Américas

*por: Willian Menq.
Semana passada, aconteceu entre os dias 8 e 11 de agosto o I Congresso de Ornitologia das Américas, na cidade de Puerto Iguazú - Argentina, organizado conjuntamente pela Association of Field Ornithologists, Sociedade Brasileira de Ornitologia e Aves Argentinas.

O evento reuniu pesquisadores de todas as regiões das Américas, com predominância de brasileiros e argentinos. Houveram cerca de 350 apresentações científicas e sete conferências plenárias. Participei do congresso acompanhado de minha esposa Jessica Nascimento, das amigas Simone Mamede, Maristela Benites, e dos amigos Pedro Scherer-Neto e Ricardo Ribeiro. Também conheci e revi alguns amigos distantes.

4 de agosto de 2017

Corujas atraídas pelo som de outras corujas: defesa territorial ou predação?

*por: Willian Menq.
Durante execuções de playback, é comum as corujas responderem o canto de outra espécie (playback cruzado). Isso ocorre, pois são aves territoriais, defendem seu território através de chamados e comportamentos agonísticos contra qualquer opositor.

Já registrei diversas vezes a coruja-do-mato (Strix virgata) vindo no som de coruja-preta (Strix huhula), murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana) aparecendo no som de coruja-do-mato (Strix virgata), corujinha-do-mato (Megascops choliba) aparecendo no som de corujinha-do-sul (Megascops sanctaecatarinae), e vice-versa. Normalmente, em situações de defesa territorial, as aves atraídas pelo playback cantam freneticamente para afastar/intimidar o rival, seja ele da mesma espécie ou não.